O Leite

“O leite e seus derivados como queijos, cremes e manteiga são alimentos nutritivos, mas o seu uso diário e sistemático aumentou o risco de câncer de próstata em 42 países . No Japão a mortalidade por câncer de próstata era baixa em relação aos países ocidentais, aumentando significativamente após a Segunda Guerra Mundial, com a ocidentalização da dieta japonesa, quando o leite e derivados foram os itens alimentares que mais aumentaram em relação aos demais . Ficou estabelecido que o leite e derivados são fatores de risco para o câncer de próstata em 11 pesquisas publicadas entre 1984 e 2003”. Também são fatores de risco para outros tipos de câncer, principalmente o câncer de mama” .

As explicações disponíveis para estes fatos são as seguintes:

1) As gorduras saturadas do leite e derivados são excessivas e promovem o aparecimento do câncer. O tempo de promoção é longo, podendo passar 20 ou mais anos até surgir o câncer se não for interrompido o uso de leite e seus derivados .

2) A deficiência em fibras da alimentação, pelo uso sistemático de cereais e farinhas de cereais refinados, facilita a absorção destas gorduras.

3) As proteínas animais do leite e derivados e das carnes estimulam a síntese do I.G.F.1 (insulin like growth factor-l), fator de crescimento do câncer.

4) O alto teor em cálcio do leite e derivados suprime a conversão da 25 (OH) vitamina D para 1,25 (OH)2 vitamina D. Esta última tem efeito protetor contra o câncer de próstata .

5) O leite contém hormônios femininos . Os níveis circulatórios de hormônios femininos aumentam com o consumo de leite . O 17-B estradiol do leite é cancerígeno para a próstata .

6) O leite e derivados contêm altos níveis de I.G.F.-1 , para o crescimento do bezerro. Quanto mais leite e derivados consumimos, maiores os nossos níveis sanguíneos de I.G.F.-1. O I.G.F.-1 é fator de risco para câncer de próstata em seres humanos. Quanto mais elevados os níveis sanguíneos de I.G.F.-1, maior o risco de câncer de próstata .

7) O alto nível de estrógenos e I.G.F.-1 do leite desnatado promovem o aparecimento de câncer de mama em ratos . Portanto, além das gorduras saturadas existem outros fatores promotores do câncer no leite e derivados.

O leite e seus derivados vêm sendo pesquisados como fatores de risco para o câncer desde 1980, havendo 47 publicações que demonstram esta relação .

Os resultados destas pesquisas não foram divulgados à população, possivelmente porque o leite e derivados são uma importante fonte de nutrientes na alimentação atual, que compensam a expoliação em nutrientes dos cereais e farinhas refinados. Muitas vidas infelizmente estão sendo perdidas em conseqüência destes erros.

Sem dúvida o leite e seus derivados são alimentos nutritivos, tanto podemos observar que o bezerro, com 60kg ao nascer, pesa cerca de 500kg aos sete meses, tendo o leite como único alimento. Após esta idade, com dentição completa, este animal não mais irá ingerir leite.

Comparativamente o ser humano tem aproximadamente 3kg. ao nascer e 9kg. aos sete meses. O leite de vaca não tem composição projetada geneticamente para o nosso organismo. (Burkitt)

Poderá ser utilizado pela facilidade em sua obtenção, industrialização e transporte na ausência do leite materno ou em áreas de fome, transitoriamente.

O ônus do seu uso sistemático após a dentição completa é o aumento no risco de câncer, doenças cardiovasculares, diabete e obesidade, principais causas de invalidez, má qualidade de vida e morte em nosso país e no mundo industrializado.

Estas doenças surgiram ou aumentaram muito sua incidência, após a expoliação em nutrientes nos cereais, com o seu refinamento, que ocorreu entre 1850 e 1870, e o aumento compensatório no consumo de lácteos e carnes.

A O.M.S recomenda a substituição do arroz e farinha de trigo refinados pelos integrais. Esta modificação aumentará o teor nutricional do pão e massas em geral. Para passar no pão, deveremos utilizar o queijo de soja ou um “patê” de grão-de-bico e para beber, o leite de soja.

Assim, a alimentação será nutritiva sem o uso do leite de vaca e derivados.”

(parte do trabalho realizado pela nutricionista Denise Carreiro.

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